Sobre os shows de 2016

Nesse ano estive presente em 96 shows, sendo uma grande parte cobertura pra algum veículo de música. Vocês podem acompanhar meu trabalho através da minha fanpage.

Nem de tudo o que eu fotografo eu gosto, assim como nem tudo o que quero fotografar é possível. Muita coisa que eu gostaria de ter fotografado acabou não rolando, faz parte de quem faz cobertura de shows.

Ano passado assisti 63 shows. 2016 teve um mercado muito aquecido para a indústria do entretenimento. No mês de outubro, por exemplo, alguns eventos não aconteceram em São Paulo pela falta de disponibilidade de casas de show. Em dezembro a agenda também estava disputadíssima! Os valores dos ingressos tiveram um acréscimo absurdo, enquanto que infelizmente a qualidade do serviço prestados pelas produtoras dos shows continua sofrível. Mas esse é um outro assunto…

O ano foi bem agitado pra mim, com altos e baixos, mas foi bem gratificante em alguns aspectos. E como em tudo na vida, o ano valeu a pena por estar em contato com muita gente bacana, que acima de tudo te respeita como pessoa. Porque nesse meio, como em qualquer outro, nem todo mundo é assim. Quem vê a gente cobrindo o show da sua banda favorita nem imagina que é cada raiva que ‘nóis passa’

Mas voltando ao assunto… Foi o ano mais diversificado culturalmente e isso foi um fato mega positivo. Fotografei desde o Padre Fábio de Melo até o Napalm Death. De Roberto Carlos a Deafheaven. E foi divertido!

Partindo para o meu gosto pessoal (devo fazer um post falando sobre fotografia de show lá no meu site depois, vou falar rapidamente dos meus favoritos:

Rammstein – Maximus Festival – Autódromo de Interlagos – Setembro
O Maximus Festival foi uma surpresa positiva. Tinha tudo pra ser um fiasco (a começar pelo local broxante), mas foi uma boa experiência. Não sou fã de festivais, mas não poderia cometer novamente o erro de perder o Rammstein. E que show maravilhoso! Sem dúvidas, digo: é o melhor show de metal da atualidade! Show pra você relembrar durante toda a vida!

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Steven Wilson – Carioca Club – Março
Estive nos três shows do “Wilsão” no Brasil e só posso enfatizar o quanto esse cara evolui a cada show, a cada ano, a cada álbum. Quase que o Brasil ficou fora da rota e eu já estava ficando desesperada, pois essa turnê contempla o último seu último álbum “Hand. Cannot. Erase.” na íntegra e esse álbum é maravilhoso. Foram quase três horas de show e foi o melhor som que eu já vi sair do Carioca Club. Foi perfeito. E ele tocou “Space Oddity” em homenagem ao Bowie. <3

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The Gentle Storm – Hangar 110 – Março
A vantagem de ser um dos últimos países a ver uma turnê de um artista, é que você experimentará o máximo do entrosamento no palco possível e foi o que aconteceu aqui. Anneke van Giersbergen também só melhora a cada ano, a cada álbum, a cada show. Essa mulher vai longe e é um dos meus maiores ídolos como musicista e como ser humano. <3

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Deafheaven – Clash Club – Julho
Eu detesto a Clash Club e para elogiar um show que aconteceu por lá, vocês já imaginam o quanto foi bom! Fiquem com essa impressão, pois ver o Deafheaven é uma experiência intensa extrassensorial e até agora não consegui muito bem expressar o que eu senti. Todos saímos de lá com os ouvidos zunindo e com um puta show pra se lembrar!

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Alcest – Overload Music Fest – Carioca Club – Setembro
Alcest tocou “Écailles de Lune” na íntegra, um dos meus favoritos deles. Tudo estava perfeito, Neige com os guturais maravilhosos, mal pisquei durante o show.

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Zé Ramalho – Teatro Bradesco – Junho
O Teatro Bradesco é minha casa de shows favorita da cidade. E os shows lá têm um gosto especial. No ano retrasado vi esse mesmo show do Zé num outro local, mas não foi a mesma coisa. A energia nesse ano/lugar estava diferente e Zé estava perfeito.

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Paradise Lost – Epic Metal Fest – Audio Club – Outubro
Com um retorno em menos de um ano ao Brasil, dessa vez o Paradise Lost fez uma turnê por várias cidades, para a alegria dos fãs. O show em São Paulo foi mais curto por ser num festival, mas teve algumas músicas que adoro.

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Labirinto – Overload Music Fest – Carioca Club – Setembro
Melhor banda nacional da atualidade, não tem muito o que dizer sobre o Labirinto. O “Gehenna”, álbum lançado nesse ano, está maravilhoso e o show não poderia ser diferente disso!

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Arnaldo Antunes – Sesc Pinheiros – Março
Sou fanzaça do Arnaldão e esse álbum novo, “Já é” trouxe algumas composições bem densas que harmonizaram perfeitamente com a produção do show. O Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, é um dos melhores lugares para show na cidade. Ficou lindo.

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Alceu Valença – Sesc Pinheiros – Novembro
Mais uma surpresa desse ano, eu não sabia que o show do Alceu era tão bom assim!!! Divulgando um dvd que contempla os discos da década de 70, músicas divertidas e histórias interessantíssimas fizeram a noite render muito. Que músico maravilhoso nós temos que traduz uma boa parte da nossa cultura brasileira! Viva Alceu!

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Fechando 2016 com música

Faz umas semanas que encuquei em ressuscitar esse espaço, mas faltou tempo para postar aqui. Pensei em escrever coisas sem compromisso (para coisas mais sérias, uso o Medium) e fiquei na dúvida entre ressuscitar esse espaço ou partir para um espaço novo.

Em toda a minha vida devo ter tido uns 200 blogs, desde a época em que blogs eram usados como timeline do Facebook, o que pode ser visto nos meus arquivos.

Estou aqui desde 2007 e compartilhei muitas coisas com as quais não compactuo mais, mas algumas lembranças gostosas (como da minha gata bebê) pesaram na opção de ficar. E ah, é mais prático, né? Remodelei algumas coisas, mas devo ainda mudar outras.

‘The things I’ve done | they torture me | but I need them | ‘case they are me’
(“The Dark Caress”, My Dying Bride)

Optei por ficar. Ainda estou deletando algumas coisas supérfluas, então grande parte do conteúdo antigo pode vir a ser descartado. E vamos embora… ano que vem pretendo ficar mais frequente aqui com os novos estudos e tudo mais. =D

Por enquanto quero registrar aqui o resumo do ano musical.
Desde 2007 utilizo os scrobbles do Last.fm e apesar de ter perdido boa parte das funções extremamente úteis que ele tinha, ainda continua fazendo esse trabalho muito bem.

E todo final de ano rola aquele sentimentalismo em balancear suas atividades. Gosto de fazer isto em algumas áreas e música é uma delas. Meu balanço geral foi:

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Fiquei impressionada com o número de sons consumidos dentro do estilo progressivo. Se eu me dissesse isso uns 5, 6 anos atrás, eu duvidaria muito disso. Pode ser coisa da seletividade da idade (haha!) ou pode ser só o Steven Wilson, que me “ensinou” a apreciar o estilo. Seu show foi um dos melhores do ano, mas pretendo fazer sobre shows posteriormente.

O assunto “shows” dominou meus scrobbles, que também incluíram Anneke van Giersbergen e Rammstein. =D

O resumo completo pode ser acessado aqui. Fiquem à vontade para me adicionar. =D

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Dois ingressos de shows. 1996 e 2012. “Spiritchaser” e “Anastasis”. São Paulo e Buenos Aires. A mesma paixão: DEAD CAN DANCE. Uma só pessoa: a mesma Edi.

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“Mesma” entre boas aspas. Todos nós mudamos imensamente ao longo de um ano, imagine num intervalo de 16 ciclos. Pare pra pensar em quantas pessoas de 16 anos você conhece e pense que nesse intervalo, houve uma vida entre esses dois ingressos.

1996, São Paulo, no Olympia, turnê o cd “Spiritchaser”. Uma casa de shows que deixou saudades por aqui. Eu tinha 18 anos, é até gostoso de lembrar. 1996 foi um dos anos mais importantes da minha vida, onde houve uma clara “metamorfose” na minha vida. E eu tinha conhecido o Dead Can Dance pouco tempo antes, quando uma amiga de um ex-namorado me indicou o documentário “Baraka“, do Ron Fricke e eu amei a trilha sonora e fui ver do que se tratava. Naquela época não era como hoje, que é só digitar num browser qualquer e se consegue a discografia inteira de uma banda. Aliás, nem internet eu tinha. Nosso único acesso à música era através da Galeria do Rock, no centro da cidade e muitas fitas K7 pra se conseguir conhecer músicas novas. E tratei de fazer minha coleção do Dead Can Dance rapidinho, com a pouca informação que circulava na época e com meu pouco salário de adolescente. Dia do show: um dos dias mais lindos da minha vida e esse foi o melhor show que vi.  Aquela turnê era perfeita e era parecida com a fita VHS que eu tinha e via repetidas vezes. Eu não tinha ido a muitos shows, então sempre era aquela magia de se ver alguém que você gosta da música ali na sua frente.

2012, Buenos Aires, no Teatro Vorterix, turnê do cd “Anastasis”. Agora, com 34 anos, também num ano que me transformou em muitos aspectos. Foi a minha primeira viagem internacional, devidamente com um toque de magia por acompanhar dois amigos mega especiais. O show da Argentina foi meu 51º show no ano de 2012, devido a muitas coberturas para portais de música que tenho feito. Eu adquiri o cd “Anastasis” na pré-venda, um mês antes do lançamento, direto da loja virtual europeia do grupo e veio numa caixa linda, cheia de mimos para o fã. Rolou uma ansiedade de alguns meses quando a banda anunciou uma turnê mundial, mas para infelicidade dos brasileiros, nosso país ficou de fora. Após um tempo meio depressiva, surgiu uma oportunidade para vê-los na Argentina e não pensei nem meia vez: fui para um outro país ver uma das minhas bandas favoritas. Era um reencontro para lá de especial: Novamente, os vi de pertinho com a minha melhor-amiga-alma-gêmea, como da outra vez. Novamente, um dos  dias mais lindos da minha vida, embora o show de 1996 tenha sido melhor. E tive a oportunidade de fotografar, o que para mim é muito importante. Aqui vocês podem ver as fotos do show. Aqui eu comentei um pouquinho sobre como foi a viagem para Buenos Aires.

Às vezes a vida te dá uma única chance de viver um momento especial. Às vezes, você tem duas chances. Aproveite todas elas. E um ótimo início de 2013 para todos!

Obs.: Post originalmente publicado no Trem dos 7.

15 shows

Agora, rolando nas listas do Facebook.
Impressionante, como me deu um branco por completo dos shows que já fui. Seguem alguns que me marcaram:

1 – Dead Can Dance em 1996, no Olympia

2 – Nine Inch Nails em 2005, na Chácara do Jockey

3 – Danzig em 1995, no Olympia (Turnê do Danzig IV)

4 – Aerosmith em 1994, no Hollywood Rock

5 – Paradise Lost em 1996, no Monsters of Rock (Turnê do Draconian Times)

6 – Obituary em 2007, no Hangar 110

7 – Slayer em 1998, no Monsters of Rock

8 – Carcass em 2008, no Santana Hall

9 – Therion em 2004, no Directv Music Hall (Turnê do Secret of the Runes, com a Jezebel)

10 – King Diamond & Mercyful Fate em 1996, num lugar X chamado Sandália de Prata (???)

11 – Alice Cooper em 1996, no Monsters of Rock

12 – Metallica em 1993, no Pacaembu (Só por ter sido meu 1º show grande)

13 – Anneke van Giersbergen & Danny Cavannagh, em 2010, no Blackmore

Nine Inch Nails vem ao  Brasil em outubro

Por Da redação
Última atualização 27/06/2008@02:36:29 GMT-3

Quem perdeu apresentação do Nine Inch Nails no festival Claro Q é Rock, em 2005, pode parar de se lamentar. A banda americana volta ao país em outubro. Já estão certos shows em São Paulo, no dia 7, e em Porto Alegre, no dia 9, em locais a definir.

O grupo liderado pelo produtor, compositor e vocalista Trent Reznor promove a mistura entre heavy metal e música eletrônica. Com quase 20 anos de estrada, o NIN conseguiu, com essa receita, tornar-se um dos nomes mais interessantes e cultuados do rock.

A banda lançou dois CDs em 2008, Ghosts I-IV e The Slip. Ambos tiveram o download liberado gratuitamente.

Daqui!